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Pesquisadores descobriram como bactérias boas podem escapar do intestino, viajar para os gânglios linfáticos1 e para tumores cancerígenos em outras partes do corpo e aumentar a eficácia de certos medicamentos imunoterápicos. As descobertas, publicadas na Science Immunology, esclarecem por que os antibióticos podem enfraquecer o efeito das imunoterapias, e podem levar a novos tratamentos contra o câncer2.
1 Gânglios linfáticos: Estrutura pertencente ao sistema linfático, localizada amplamente em diferentes regiões superficiais e profundas do organismo, cuja função consiste na filtração da linfa, maturação e ativação dos linfócitos, que são elementos importantes da defesa imunológica do organismo.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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Pesquisadores aproveitaram uma “seringa” molecular que alguns vírus1 e bactérias usam para infectar seus hospedeiros e a colocaram para trabalhar, fornecendo proteínas2 potencialmente terapêuticas para células3 humanas cultivadas em laboratório. A técnica emprestada da natureza e aprimorada usando inteligência artificial poderia estimular o desenvolvimento de melhores sistemas de administração de medicamentos. A descoberta foi publicada na revista Nature. Graças a essas “nanoseringas” bacterianas ajustadas para atingir células3 humanas desenvolvidas, pode ser possível injetar proteínas2 em células3 específicas do corpo. Isso poderia levar a tratamentos mais seguros e eficazes para uma ampla gama de condições, incluindo o câncer4.
1 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
2 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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Pesquisadores identificaram uma via cerebral em camundongos que pode explicar por que as pessoas tendem a recuperar o peso perdido. Terapias futuras direcionadas a essa via poderiam ajudar na manutenção do peso após uma dieta. No estudo, publicado na revista Cell Metabolism, descobriu-se que quando camundongos perdem peso, os sinais1 cerebrais que desencadeiam a fome são ativados, fazendo com que os animais comam mais até voltarem ao peso inicial.
1 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
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Um novo estudo, publicado no JAMA Internal Medicine, sugere que o delirium1 – a complicação pós-operatória mais comum em idosos – está associado a uma taxa 40% mais rápida de declínio cognitivo2 naqueles que desenvolvem delirium1 em relação aos que não desenvolvem. Os achados destacam a importância da prevenção do delirium1 para preservar a saúde3 do cérebro4 em idosos que se submetem a cirurgias.
1 Delirium: Alteração aguda da consciência ou da lucidez mental, provocado por uma causa orgânica. O delirium tem causa orgânica e cessa se a causa orgânica cessar. Ele pode acontecer nos traumas cranianos, nas infecções etc. Os exemplos mais típicos são o delirium do alcoólatra crônico e o delirium febril.
2 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
4 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
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Caminhar é uma tarefa complexa mais comumente realizada durante a execução de outras tarefas, como falar, ler sinais1 ou tomar decisões. Após os 65 anos, no entanto, essa “dupla tarefa” piora o desempenho na caminhada para muitas pessoas e pode até causar instabilidade. Um novo estudo, publicado no The Lancet Healthy Longevity, descobriu que a capacidade de realizar dupla tarefa ao caminhar começa a diminuir aos 55 anos, até uma década antes da velhice. Esse declínio na capacidade de andar e falar ao mesmo tempo foi causado por mudanças na cognição2 e na função cerebral subjacente, não por mudanças na função física. Dessa forma, o desempenho na caminhada em dupla tarefa pode ser um indicador precoce de envelhecimento acelerado do cérebro3.
1 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
2 Cognição: É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, percepção, classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.
3 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
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Associações positivas entre periodontite e aterosclerose1 foram estabelecidas, mas a causalidade e os mecanismos não são claros. Neste estudo, publicado no periódico científico Cardiovascular Research, foi demonstrado que a periodontite exacerba a aterosclerose1 e prejudica o metabolismo2 lipídico em camundongos, o que pode ser mediado pela glicólise e lipogênese promovidas pela bactéria3 F. nucleatum através da sinalização PI3K/Akt/mTOR nos hepatócitos. O tratamento da periodontite e o direcionamento específico da F. nucleatum são estratégias promissoras para melhorar a eficácia terapêutica4 da hiperlipidemia5 e da aterosclerose1.
1 Aterosclerose: Tipo de arteriosclerose caracterizado pela formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias.
2 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
3 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
4 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
5 Hiperlipidemia: Condição em que os níveis de gorduras e colesterol estão mais altos que o normal.
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A pró-proteína convertase subtilisina/kexina tipo 9 (PCSK9), que é expressa principalmente no fígado1 e em níveis baixos no coração2, regula os níveis de colesterol3 direcionando os receptores de lipoproteína de baixa densidade para a degradação. Neste estudo, publicado no periódico científico Cardiovascular Research, procurou-se elucidar a função da PCSK9 especificamente no coração2. Foi demonstrado que a PCSK9, apesar de sua baixa expressão em cardiomiócitos, contribui para a função metabólica cardíaca, e a deficiência de PCSK9 em cardiomiócitos está ligada a cardiomiopatia, função cardíaca prejudicada e produção de energia comprometida.
1 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
2 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
3 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
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Os embriões podem se desenvolver mais lentamente em certas gestações que terminam em aborto espontâneo, de acordo com um estudo publicado na revista Human Reproduction. O estudo utilizou realidade virtual para visualizar os embriões, por meio de um ultrassom vaginal que criou imagens 3D detalhadas, mostrando que o crescimento de um embrião pode prever quais gestações têm maior probabilidade de terminar em aborto espontâneo. A maturidade do embrião foi avaliada por meio do chamado sistema de estágios de Carnegie, e descobriu-se que a chance de uma mulher abortar aumentava em 1,5% por estágio de Carnegie atrasado.   [Mais...]
Inserir um dispositivo intrauterino (DIU) em 2 a 4 semanas após o parto correspondeu ao intervalo padrão quando se tratava de expulsões completas, descobriu um estudo randomizado1 publicado no JAMA. No acompanhamento de 6 meses, 2% das pacientes no grupo de colocação precoce tiveram uma expulsão completa em comparação com nenhuma no grupo em que a colocação ocorreu no padrão de 6 a 8 semanas após o parto, atendendo aos critérios de não inferioridade.
1 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
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Uma forma de estrogênio conhecida por estar relacionada ao humor positivo foi 43% menor em mulheres na pré-menopausa1 com depressão do que naquelas sem a condição. Os dados são de um estudo publicado na revista Cell Metabolism, que aponta que uma espécie de bactéria2 intestinal que decompõe essa forma de estrogênio pode contribuir para a depressão em mulheres na pré-menopausa1. Futuras terapias direcionadas a esse micróbio podem ajudar a tratar a doença.
1 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
2 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
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